sexta-feira, 23 de julho de 2010

Nã-na-ni-na-NÃO!

Isso mesmo, nã-na-ni-na-não, foi o que disse Celso Barros, o manda chuva do Fluminense e da empresa de saúde Unimed quanto ao convite recebido por Muricy Ramalho para treinar a seleção brasileira. Eu (como toda e imprensa), cometi um erro ao anunciar mais cedo que o técnico do Fluminense era o novo treinador da seleção, e peço desculpas por isso.

O novo alvo da seleção passa a ser o meu preferido, Mano Menezes deve ser anunciado em breve pela CBF e com isso Adílson Batista deve assumir o time do Parque São Jorge. Porém, nessa postagem, vou propor algo diferente, todo esse assunto sobre o novo treinador da seleção me levou a uma profunda reflexão.

Os dois principais nomes que surgiram, Mano e Muricy, foram sondados graças aos títulos alcançados recentemente, mas será esse o melhor critério?
Ambos os treinadores na conquista de seus títulos, contavam com excelentes plantéis, jogadores decisivos, e é nisso que vou bater, os trabalhos mais recentes de ambos, foram dentro do esperado, convenhamos não foi nada fora do comum pela realidade das duas equipes, o tricampeonato brasileiro do São Paulo e os títulos paulista e da Copa do Brasil pelo Corinthians, ou seja, ambos os treinadores, cumpriram muito bem seu papel, não há dúvidas de que foram bons trabalhos, mas e os milagrosos, aqueles técnicos que assumem um time fraco e conseguem aquilo que ninguém espera, que fazem o inacreditável, não deveriam também ser cotados ao cargo de técnico da seleção?

Essa lista de opções foi enxuta, e trabalhos até mais expressivos que os do campeão, não são considerados, darei alguns exemplos:
O próprio Mano Menezes, que deve ser o próximo técnico, era o desconhecido treinador do Caxias, até assumir o Grêmio em 2005 para a disputa da série B com um elenco muito mais modesto que os de Corinthians e Vasco em 2008 e 2009 respectivamente. Mesmo assim, o time gaúcho voltou à primeira divisão após a memorável Batalha dos Aflitos contra o Náutico (um dos jogos mais emocionantes da história do futebol, sem dúvida), até aí nada demais, o impressionante veio depois, com a mesma base, Mano Menezes conseguiu levar o Grêmio à Libertadores no ano de retorno à série A, e ainda com a mesma base, levou o time à final da Libertadores contra o Boca no ano seguinte, foi impressionante ver na finalíssima do torneio continental, jogadores como Tuta, Patrício, Sandro Goiano e outros, mérito do Mano.
Outro milagroso é Joel Santana, que em 2004 ou 2005, não me recordo, tirou o Flamengo do rebaixamento dado como certo, e em 2007 não só livrou o mesmo time do rebaixamento como o levou à Libertadores com uma arrancada sensacional no segundo turno da competição. E como gosta de milagre esse Joel, esse ano, assumiu um Botafogo destruído após uma sonora goleada de 6 x 0 para o Vasco, e mesmo assim levou o time de General Severiano ao título do Campeonato Carioca vencendo os dois turnos, algo que não acontecia desde 1998.

Nesse quesito, considero esses dois os principais, mas também não tem como esquecer trabalhos como o de Cuca ano passado no Fluminense, que livrou o time do rebaixamento quando ninguém mais acreditava que isso seria possível, e também Antônio Lopes, que ano passado arrumou o fraco time do Atlético Paranaense, livrando o clube do rebaixamento e esse ano começou com o pé direito seu trabalho frente ao Avaí.

Enfim, isso é apenas uma reflexão a que me submeti hoje, estou feliz com o provável acerto com Mano Menezes, acho que é o nome ideal, e que tem tudo para dar certo.


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